domingo, 30 de setembro de 2007

Ojos, ejes, ajos e hijos

retumbante y sonoro – 1º de noviembre de 2003

foto: Rodrigo Pires - 2003

Tenía los ojos
Los hijos
Los ejes

Lloraba los ajos
Amaba sus hijos
Abría los ojos

Seguía en sus ejes
Dejaba los ojos
Mirando los hijos

Comía los ajos
Amaba sus ejes
Tenía los ojos

Amaba los hijos
Sentía sus ejes
Con sus propios ojos

Tenia los hijos
Lloraba los ojos

Perdido en los ejes

Lady Jane
lembrei de ti á tarde – 31 de julho de 2006

foto: Janice Machado - 2007 / arte : Pablo Fabián - 2007

Querida, amada e graciosa parceira, amiga e amante
Espero que teu dia tenha sido recheado de sucessos e que teu desgastante fazer tenha se revertido em mais um degrau dessa sublime escada que decidiste subir.
Que os céus estejam sempre te abençoando
Que teus olhos nunca se fechem à luz que brilha em teu entorno
Que teu cansaço não seja um estímulo a parar
Que teu sucesso alimente mais tua alma que teu ego humano
Que teu amor se universalize
Que teu medo seja uma lembrança de um passado superado
Que teu guerreiro sobreviva a cada morte
Que os nossos caminhos continuem se cruzando para que eu possa, a cada parada, te dar meu ombro.
Te admiro e te amo

Justiça cega
conto do dia -
julho de 1983

foto: Ceres Storchi - 1979

Já pairava no deserto a machadinha...
É uma miragem! Comentou Libório.
Só podia ser.
Mas na verdade, era o lenhador que se tornara invisível aos olhos de Libório e seus amigos.
Pancrácia sorria e corria solta levantando nuvens de areia com seus chinelos de dedo.
Atrás daquele rastro de fumaça
Se escondia a fenda máxima,
O pudor do dia,

A flagrância constrangedora, que aos poucos levou Libório a matar seus amigos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Na evidência do espaço, junto alguns retalhos na busca de algum sentido...


A caminho do céu
“insigth” – 1981

foto: Pablo Fabián - 1978

Todos vão pro céu.

A diferença é que uns sofrem mais que outros, para chegar lá.



Lavando a alma
histórias que me contaram uma vez ..... 18 de junho de 2002

arte: Pablo Fabián - 1972
Era uma vez, (na verdade seria uma vez num futuro distante) um grupo de estudantes, do ensino básico de Psico-cibernética Avançada, que se encontrava às vésperas da entrega de um trabalho para a Feira Anual de Conhecimento Integrado sob a pressão natural exercida pelos mestres dessa entidade.

Após questionarem e destruírem todas as idéias que apareceram para solucionar essa questão, surge a idéia de buscar em antigos escritos uma pista que viesse a ilumina-los. Um dele encontrou, em um sebo no nível 32 da cidade velha, uma publicação do ano 1230, da era cristã, sobre a materialização de demônios, entidades negras e elementais. Imediatamente os olhos dessa turma se transformaram em pura luz.

Iniciaram a coleta dos materiais necessários e partiram para a preparação de um trabalho que seria sem dúvida o grande show da feira.

A idéia era simples, bastava materializar o demônio e assim que ele aparecesse o anestesiariam e o exporiam na feira e ainda aproveitariam para estudá-lo.

Dito e feito, no dia da feira o circo estava armado, com as ervas reunidas as palavras invocadoras foram pronunciadas e no meio de um ruído ensurdecedor e uma fumaça fedorenta apareceu, ainda meio deslocado, uma figura dantesca, realmente horrível, asquerosa e muito fedorenta. O demônio foi imediatamente imobilizado e, para evitar que praticasse qualquer tipo de inconveniente, foi anestesiado com uma dose cavalar de uma droga infalível.

A feira foi um sucesso e eles alcançaram nota máxima, tendo seus nomes divulgados nos mais reconhecidos instrumentos científicos de divulgação.

Ao encontrar a publicação, a Dra. Marietta Schüllep engasgou-se com um gole de chá, apagou o baseado na manteiga e correu para o tele-trasportador.

Imediatamente encontrou-se com o grupo de jovens para ver de perto a façanha da materialização.

A Dra. Marietta Schüllep estava envolvida num projeto de recuperação da memória histórica das ciências ocultas do Século XI e casualmente estudava, como sendo uma fantasia, a materialização de entidades.

Associou-se ao grupo de jovens e convidaram o Dr. Pike Niki especialista em anatomias espectrais para analisar o corpo quimicamente latente.

O Dr. Pike Niki constatou um número sem fim de moléstias, ora atuantes ora encubadas que se manifestavam no estranho corpo em estudo.

O demônio estava lá, inerte, sedado.

O Dr. Pike Niki estava extasiado com o conjunto de "doenças", a maior parte delas extintas, que configuravam um resgate sem precedentes no campo das ciências da decrepitude.

Ao poucos, na medida que identificavam as moléstias, anulavam os efeitos maléficos com antídotos e vacinas.

Era impressionante a metamorfose resultante desses procedimentos, onde a expressão maldosa e sofrida desaparecia do semblante do demônio adormecido.

Foram várias semanas de trabalho.

No vigésimo quinto dia, conseguiram identificar a última moléstia desse ser das trevas, que de trevas já tinha muito pouco.

A pele do demônio estava clara, hidratada, saudável.

Seu rosto já esboçava um sorriso tranqüilo e seu coração manifestava uma harmoniosa melodia.

Ao eliminar a última doença, o ser acordou.

Espreguiçou-se longamente, sorriu docemente e de suas costas surgiram duas brancas e majestosas asas que combinavam com o róseo pálido de sua pele delicada.

Desejou sorte e saúde com os olhos e subiu aos céus como um anjo recuperado.

foto: Pablo Fabián - 1978