terça-feira, 30 de março de 2010

Irmandade Cósmica

foto: Mario André Coelho de Souza - 1972
A primeira vez que eu escutei que a humanidade evoluí em ondas e que as pessoas reencarnam em grupo foi por volta de meus 17 anos.
Existia em minha casa paterna uma leitura sagrada do cosmos e não uma visão meramente cartesiana ou dogmático-religiosa. Longe disso.

Pelo foto de eu ser muito sociável e agregador, tive oportunidade de conhecer muita gente. Alguns passaram e outros, mesmo sem uma constante no meu dia-a-dia, ficaram para sempre.
Eu percebia que, com algumas pessoas, as relações tinham cara de reencontro e com outras não. Era estranho, pra mim, que algumas relações eram fluídas, limpas e rapidamente estávamos construindo algo juntos.
Comentei isso com minha mãe e ela me disse que ao longo da nossa vida vamos nos reconectando com nosso grupo espiritual e, dessa forma, retomando as atividades de crescimento espiritual que nos era pertinente.
Ao ouvi-la tive a certeza de que se me desvendava uma grande verdade. Acredito nela até hoje.
No início dos anos setenta eu me relacionava com um grupo muito especial, pessoas de idades diferentes, com vivências diferentes, porém com valores muito semelhantes. Todos brindavam o grupo com algum tipo de sabedoria e, com certeza, crescemos muito nesse período.

Os mais significativos (pelo menos pra mim) ainda se contatam de tanto em tanto e sabemos um o paradeiro do outro.
Um desses irmãos cósmicos é o Dedéco - Mário André Coelho de Souza. Passamos longos períodos juntos e outros, igualmente longos sem ter notícias um do outro (embora soubéssemos, mesmo que vagamente o que o outro estava passando e fazendo). Difícil de explicar.
Por uma dessas maravilhas dos tempos modernos Dedéco me achou no orkut e retomamos um contato que espero se faça permanente (a gente sempre quer isso - mas cada um tem um caminho ou escolheu um caminho para trilhar).
Outro dia ele me mandou uma foto de 1972 obtida por ele. Nela está Pedro Pires e eu quando tentávamos fazer um table-top para contar a história do Rádio no qual o personagem era o inventor - Padre Landel de Moura.

segunda-feira, 29 de março de 2010

“Account Planning: today’s concerns, tomorrow’s dangers, and planning myopia”

foto e arte Carlos Fabián - 2009
trechos de um e-mail que mandei para Laerte Martins e Lucio Pacheco - 26 de agosto de 2009
Particularmente, sofri bastante quando o "Planejamento Estratégico" virou um passaporte de ingresso para programas de desenvolvimento e equalização mercadológica global. Falo dos Programas de Qualidade, as certificações ISO, QS, etc.. De repente o Planejamento Estratégico virou um item pré-requisito para o start dessas atividades (isso começou aqui prá nós por volta da metade dos anos 80, que é quando foi escrito um excelente artigo de John Bartle - “Account Planning: today’s concerns, tomorrow’s dangers, and planning myopia”. ).

Eu percebi que, como profissional focado em qualificação de relacionamento, perdia espaço para os tecno-cientistas das artes engenherescas, onde Balance Store Cards, CPPDs, CRM e outras ferramentas "mágicas" de diagnóstico e gestão, dessa forma, fui atras de parcerias que me suprissem os hiatos de conhecimento. Aprendi muito, mas não me convenci totalmente, até porque essas ferramentas não mudavam o comportamento, e sim a gestão. As empresas estavam num caminho não diferente do tayloriano e a produção massiva de produtos e serviços era o foco da questão. O bem estar das pessoas e a vocação "espiritual" dos dirigentes não tinha a menor importância. Business, business, business.
Mesmo assim, segui trilhando um caminho que acreditava e antes de perguntar (num Planejamento Estratégico): Que empresa precisamos ter para ser os "donos da cocada"? - perguntava: Que empresa precisamos ter para sermos felizes? Isso automaticamente nos levava a uma reflexão de cunho mais universal onde o desejo e necessidades dos indivíduos (players) tinha peso.
Para isso o caminho da criatividade e inovação era indispensável. E dessa forma eu estava no meu chão.
Brigávamos com a miopia e provocávamos mudanças estruturais, antes de mais nada, no comportamental.
Nunca desisti desse caminho, por mais que tenha perdido bons e excelentes clientes para "engenheiros associados" portadores de uma caixa de ferramentas das mais complexas.
No texto que citei, Ulisses e Bartle evidenciam um certo medo referente ao futuro desse segmento. Concordo com eles, esse segmento focado em um apêndice da gestão só serviu para criar vínculos de dependência das instituições com "as agencias" e não tem trazido grandes diferenciais.
O diferencial está nas pessoas e não necessariamente nos processos e tecnologias.
Não pretendo fazer uma ode a idade da pedra, mas sim trazer um mix onde a tecnologia esta sob medida para o sucesso do sonho de cada instituição em consonância com o desenvolvimento dos indivíduos que compõem a tripulação dessa nau.
Acho portanto que estamos voltando a real, onde as empresas só existem por que existem pessoas.
Não se faz Planejamento Estratégico de nenhuma organização sem, em paralelo, fazer o Planejamento Pessoal dos dirigentes - isso se chama coaching. É como venho trabalhando nestes últimos anos. Tento ajudar os dirigentes a não entrarem numa sinuca de bico e se transformarem e empregados de si mesmos ou reféns de um sonho empresarial.

nada de novo no front
Pablo Alejandro Fabián