Vejo ganhos, vejo intrusos,
Nos projetos que proclamo,
Vejo custos, vejo enganos,
Nos momentos mais profundos.
Olho em volta e vejo o dia,
Me reporto ao passado,
Com profunda miopia.
Faço planos em segredo,
Reflito o cotidiano,
Com gosto amargo de medo.
Nesta visão matinal,
Hoje é manhã de Domingo,
E parece tudo igual.
Como construo um viver?
Talvez me falte paciência,
Ou eu não saiba morrer.
E tento me convencer,
Que olhando pela janela,
Não faço acontecer.
Mas que medo de viver,
É como se vivendo,
Tivesse algo a perder.
E a frase não tem fim,
Pra concluir esta estrofe,
Tem que vir algo de mim.
Só o galo acordou,
Pra lembrar às pessoas,