referências fatais – 10 de maio de 2002
Nos mais profundos recônditos de tua formosura;
No repetir impertinente de tua doçura,
Vejo os reflexos opacos da dor que plantas;
Nas noites claras de tua loucura.
Âmago consistente que sustenta o riso;
Retrato prolixo de uma amargura.
És fauna solitária no solidário clima;
Teus olhos fechados me privam;
Das mais ardentes tempestades.
Lava tu’alma na chuva fria;
Sorri;
E brinda o clímax.
Vê as flores que pisaste;
Pede ao Pai que te ilumine;
E olha pra frente sem medo.
Sonhos que negas acordada;
Despertar confuso que espedaça;
As memórias do que serás um dia.
Aprecia a obra divina;
Vê que ao teu lado;
Estão a mulher e a menina.
Mega estrutura de consciência escura;
Solta a menina;
Cospe a amargura.
Vê que tens companhia;
Retoma a odisséia;
Do viver todo o dia.
Tudo é harmonia;
O que tens na mente;
É sabedoria.
Um comentário:
De todos, foi o que mais amei. Fabiane Mendonça
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